segunda-feira, 7 de julho de 2008

Reflexões de uma mulher curiosa :-)

Espantoso! O cocô dos bebês-calopsita não é retirado do ninho pelos pais, como fazem os canários, por exemplo.
Não, não. Ao contrário, os pais-calô trasferem o cocô de seus filhotes para as junções da madeira do ninho -- por exemplo, a junção da parede com o piso, de parede com parede (quina). Cuidadosamente, vão calafetando as possibilidades de entrar ar frio ali. Reparem nesta quina da foto: está vedada pelo cocô. Notem também que o ovo, que está no ninho há cerca de um mês, muito provavelmente "gorado", nem está muito sujo, apesar de pais e filhotes "sambarem" em cima dele quase o tempo todo!
Hoje fiquei um tempão observando o resultado deste trabalho. Não sobra um buraquinho sequer para entrar uma correntezinha de ar e adoentar os pimpolhos, que ainda não estão totalmente empenados. É coisa de engenharia, pois os pais-calôs não se preocupam em vedar as junções até lá em cima, não. Calafetam apenas até a altura da cabeça dos babies, para que, caso entre alguma corrente de ar, não bata neles.
Não pensem que o ninho cheira mal ou tem mau aspecto. Não. Simplesmente as junções ficam cobertas por uma massa escura, resultado de camadas sucessivas de cocô dos babies. É verdade que às vezes um filhote mais estabanado literalmente mete o pé na m***, mas, acreditem, os pais o limpam e passam o cocô de suas patinhas para os vãos nas paredes!
O cocô dos bebês-calopsita têm ainda uma outra função crucial em sua primeira infância e na saúde dos pais enquanto os aquecem: sua umidade garante a atmosfera ideal para que se desenvolvam e, quando aquecida, esta umidade é quase como a de uma estufa que os mantém em um clima ameno, de acordo com os mais de 40°C de seus corpinhos ainda indefesos por não terem penas.

Moral da história: O cocô dos bebês-calôs vale muito, muito, muito mais que certos fdp que se acham a última camisinha do puteiro. Estes, só prestam para feder e empestear os ambientes que frequentam. (Hoje eu tô arretada e publico isso para não detonar muito!).